sexta-feira, 24 de setembro de 2010

TV Digital: Nem tão complicado demais, mas nem tão simples assim!

. A TV digital não é uma realidade tão distante como algumas pessoas imaginam e que vai ser implantada aos poucos no Brasil. É uma tecnologia que vai mudar o jeito de se ver e fazer televisão. Em palestra aos alunos dos 4° e 6° períodos da Faculdade Estácio de Sá, o jornalista Israel do Vale pontuou o futuro da TV no país e os degraus a serem percorridos até a sua total implantação. O pimeiro passo, que já é uma realidade, é uma mudança na forma de transmissão do sinal que deixará de ser analógico e passará a ser digital. Na prática isso siginifica melhor qualidade de imagem, que dá fim aqueles chuviscos e interferências que aborrecem ao telespectador. E essa é apenas uma das vantagens.
. A previsão é que a TV comum funcione normalmente até 2016. Mas o grande diferencial que interessa a maioria é a interatividade que permitirá ao telespectador o acesso ao guia eletrônico de programação, seleção de câmeras e informações, venda e comércio eletrônico, entre outros. O jornalista apresentou a turma o software Ginga que permite todas essa ações no sistema digital brasileiro. "A TV vai ser Internet", compara ele. (E o controle remoto vai ser Deus - rsrsrrs). Os primeiros conversores digitais além de serem muito caros só fazem a transmissão digital, não permitindo ainda a participação do público na programação.
. Além do novo modelo digital, Israel do Vale explicou as principais diferenças entre a TV pública e a TV comercial. A TV comercial que visa o lucro, audiência. Desejando ter em todos os horários o maior público possível, atendendo aos interesses dos acionistas e não dos telespectadores. As TVs públicas são mantidas com o dinheiro do governo e tem a sua programação diferenciada, além de ser proibida a veiculação de comerciais. Segundo ele, a verba para se manter a televisão pública é consideravelmente menor que a comercial, o que prejudica bastante o seu funcionamento. "O mesmo movimento que cria a TV pública quebra a TV pública. Como é que se faz TV sem dinheiro?", critica Israel.
. Muitas mudanças ainda estão por vir, inclusive no perfil dos profissionais que passarão a ser (ainda mais) multimídias. Se o controle remoto já representou uma alteração que exigia prender mais a atenção do telespectador, agora com a TV digital essa atenção será cada vez mais disputada. E talvez haja um equilíbrio maior entre a televisão pública e a comercial. Em encerramento a palestra, o jornalista afirmou: "Pensem a TV digital como uma revolução possível, e pensem a TV pública como uma maneira de executar essa revolução possível".
Texto: Júlia Martins.

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